A Igreja Evangélica Brasileira é fruto do grande reaviva- mento da história da igreja que ocorreu após a reforma protestante. Esse grande Avivamento atingiu seu ápice em 1859, nos Estados Unidos da América. Foi nesse ano que Ashbel Green Sigmonton veio ao Brasil com a intenção de fundar a igreja Presbiteriana do Brasil. Alguns protestantes chegaram um pouco antes de Sigmonton. Justin Spalding, Pastor Metodista, desembarcou no Brasil em 29/04/1836. Sua intenção era distribuir uma Bíblia aos ingleses que moravam no Brasil e ele fez Daniel Kidder também pastor Metodista, chegando ao Brasil em 1837 como um agente da sociedade bíblica Americana. Em 10/05/1855 chega ao Brasil o casal Robert Reid kalley e Sarah Bolton Kalley, com o fim de formarem a Igreja Congregacional. Sigmonton chegou ao Brasil em 12/08/1859, na cidade do Rio de Janeiro, a bordo do navio Banshee. Em apenas 8 anos ele organizou a primeira igreja Presbiteriana na cidade do Rio de Janeiro, em 1862; criou o jornal Imprensa Evangélica em 1864, no ano seguinte organizou o primeiro presbitério com (três)3 igrejas, Rio de Janeiro, São Paulo e Brotas e aí em 1867 fundou o Seminário Primitivo – vindo a falecer no mesmo ano, em 9/12/1867, vítima de febre amarela. A igreja Presbiteriana virgula sob a liderança de Sigmonton e seu cunhado Alexander latimer Blackford, logo se consolidou com a mais forte igreja evangélica em solo brasileiro. Oficialmente, a primeira igreja presbiteriana nasceu em 12/02/1862, na cidade do rio de janeiro. Logo depois vieram as igrejas de são Paulo 05/03/1865; brotas em 13/11/1865; Lorena 16/07/1868; Borda da Mata, Minas Gerais em 23/05/1869 e Sorocaba (SP) em 01/09/1869. O trabalho em brotas nasceu das pregações do REV. Blackford e do ex-padre José Manuel da Conceição, o qual se tornou pastor presbiteriano em 17/12/1865. As reuniões aconteciam no sítio do sr. Antônio Francisco de Gouveia e de seus irmãos Joaquim José de Gouveia e Severino José de Gouveia. A igreja de Brotas nasceu e rapidamente se tornou a maior igreja protestante da época, junto com a igreja do Rio de Janeiro. O relato de Blackford é emocionante e vale a pena relembrar: “Na segunda feira, 13/11, reunimo-nos em casa de Antônio Francisco de Gouveia, no sítio, com o objetivo de organizar uma igreja. O Sr. Conceição pregou a mais de 30 (trinta) presentes, após o que fizeram pública profissão de fé e receberam o sacramento do batismo as seguintes pessoas: Joaquim José de Gouveia e sua mulher Lina Maria de Gouveia, seu filho Francisco Joaquim de Gouveia e sua filha Sabina Maria de Gouveia; Antônio Francisco de Gouveia e sua mulher Sabina Maria de Gouveia, suas três filhas Belmira Maria de Gouveia, Maria Vitoria de Gouveia e Maximina Maria de Gouveia. Com eles celebramos o amor de nosso senhor ao morrer, comendo e bebendo os símbolos de seu corpo partido e sangue derramado. Era a primeira vez que qualquer um deles participava desse sacramento ou o via. Foram horas de júbilo para o coração dos que participaram e de profunda impressão para os que presenciaram, ao menos para alguns. O Sr. Conceição dirigiu a oração final: julgo ter sido a mais jubilosa expressão de agradecimento que jamais ouvi. Deu graças pela vinda do Evangelho vinda até eles. Pela misericórdia que os tinha levado a ouvir e aceitar, e pelos privilégios daquela hora, etc. De envolta com as ações de graças e ferventes pedidos, exortações e solicitações aos presentes para que aceitassem os livramentos oferecidos em Cristo. Na mesma ocasião foram batizadas as seguintes crianças: Antônio Francisco de Gouveia, Maria Luiza, José Francisco e Sabina Maria de Gouveia e Maria Luiza, José Venancio, Domicilia Maria, Inocência, Herculano José, e Elias de Gouveia, filhos de Severino José e Maria Joaquim de Gouveia. A 14/11, no culto em casa do Sr. Tenorio foram batizados Joaquim, Antônio Joaquim, Lino José, Honorio José”.